Sunday, June 18, 2006

Morena

O mundo era branco, insipido, sem cor, cinzento e frio.
Depois encontrei-te e senti um calor, mas não tive uma tarefa fácil.
Sentia que ao pé de ti eu podia ser eu próprio, sem restrições.
Tu és de uma simplicidade impossível de se ser
De um moreno dourado e vermelho ao mesmo tempo
O teu sabor é salgado e doce ao mesmo tempo
A tua voz... oh meu Deus a tua voz... é sentir um arrepio e ficar em transe.
Nos teus lábios verifico a temperatura do teu calor, no teu corpo tempero o sal do meu suor com o doce da tua transpiração.
Depois vem o som, o teu som, o nosso som, a nossa banda sonora.
Os nossos corpos entrelaçados um no outro
Queria poder sair de mim dar a volta a nós os dois e ver-me contigo
Ver cada contorno de ti, enquanto te sinto, mas ver-me contigo e tu comigo
No fim o agudo, o agudo que ecoa, o agudo que só eu conheço, o agudo que é a soma de 1+1, melhor é o produto de dois
Morena não aguento sem ti.