Monday, August 01, 2005

Tempo

Sonhos e pensamentos, demónios que me invadem a mente e me dilaceram o espírito e a vontade
Respiro fundo, dou um passo em frente e continuo a caminhar, altivo e confiante.
Visualizo a minha realidade e a dos outros com requintes de controlador aéreo,
Ponho e disponho na rota do destino de cada um e de quem eu quiser

Mas páro, sou atacado por um súbito espasmo de falhanço
Vejo tudo e ao mesmo tempo não vejo nada
Em vão procuro uma razão
Mas ela não existe

Uma panóplia aleatória de emoções
Um conjunto completo de frustações
Fazem de ti alguém insatisfeito
mas que vive com vontade de viver

Buscas o ser e o não ser
Para dares valor ao que tens não o tendo
Pois se algo te destrói
Mais vontade tens para o construir

E assim caminharás até um fim
Um propósito que te mostre não ser necessário mudar
E aí verás que a mudança fez de ti um ser estagnado dinâmico
Em frente ao teu destino dirás que com tanto caminho
O tortuoso foi a escolha mais correcta
Pois finalmente aqui chegaste rico de experiência e forte com a erosão do tempo

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