Eu penso logo existo, mas não vale a pena existir só por pensar
É engraçado quando andamos a temer algo durante muito tempo e depois isso acaba por acontecer, mas a reacção que temos é diferente da que esperávamos ter, mas será mesmo... Talvez seja por nos encontramos tão impotentes face às coisas que se estão a passar, que acabamos por não ter reacção, se calhar é mais isso.
No fundo a vontade que temos é de explodir, mas não o fazemos, queremos estar serenos. Aliás sentimo-nos serenos, mas cá dentro estamos mais do que revoltados, tal é a injustiça.
Por isso é que temos vontade de rir, como nos chegámos a rir. Acho piada as pessoas conseguirem fazer coisas tão hipócritas e acharem que estão a agir perante impulsos diferentes e mais genuínos. Já sei porquê, na realidade tudo o que mudamos achamos que é para melhor, independentemente de o ser ou não, resta só ao que é mudado ficar com a consciência tranquila e com a profunda convicção de que: "Olha o que é que eu posso fazer? NADA." E este NADA deixa-me de tal forma dormente, que eu deixo de me conhecer a mim próprio e começo a duvidar das minhas certezas, acabando por sentir tudo resto muito superficial. E lá está NADA me entusiasma, NADA me faz transcender, NADA passa a ser o real, NADA passa a ser o que sou e NADA passa a ser tudo o que sinto, e eu acabo por me sentir como NADA.
Com um objectivo isto muda, mas até lá, até o encontrar NADA será como antes.
PS: Se calhar vocês não vão entender, mas pensem nisto apenas como um manifesto contra algo que eu não quero que vocês saibam o que é, eu não o explico mas espero que tentem compreender. Mas nunca se esqueçam que eu aqui tento sempre exacerbar os meus sentimentos senão isto não tinha piada. Espero que gostem.
3 Comments:
Sou um novo eu, que sinto que nunca fui. Sou um novo eu que sinto ser novo. Não sei se caminho para lá mas sei que caminho, e isso é que me interessa por enquanto. Sabes o que mais me chateia é essa história de guardar os sentimentos ou o antigo eu numa caixa, eu nunca fui de guradar seja o que for, sempre fui o que sempre quis ser, e a questão é esta eu não quero ser o que me estou a tornar mas para continuar tenho que aceitar tudo como se fosse novo.
PS: Obrigado, acredita que tu tens um espaço gigante guardado para ti mas olha vê se convives, é que o que nós fomos sempre que estamos juntos voltamos a sê-lo.
Nos meus poucos anos de digressão, por estas bandas, e em algumas pequenas colisões frontais com a vida, aprendi que nunca devemos ficar obececados por uma só coisa.
Seja ela uma pessoa, um sonho ou, até mesmo, um objecto.
Com esta fixação ou, por vezes, idolatria, corremos o risco de ficar «cegos». E o mundo, na sua extensão e conjunto, é algo demasiado apaixonante para deixar escapar... nem que seja por instantes!
Enquanto escrevo, tantas coisas se estão a passar ou por acontecer.
Livros poeirentos, por falta de uso, à espera de serem redescobertos, para contar vidas e outra teorias; uma conversa luminosa ou animada com um amigo; sentir o afagar do vento na cara e, por momentos, pensar que fazemos todos parte da mesma unidade cósmica ( A comunhão espiritual também pode ser galáctica ou até racial); parar para, entre o barulho dos carros e o frenesim do dia-a-dia, assistir por segundos, a pequenos gestos humanos e histórias de recanto(um cigarro para o mendigo consumido; uma moeda solta no ar para o cego que canta; um obrigada merecido para quem um serviço presta, um pão esquecido para um estômago dolorido).
Tanto por acontecer e ver... e o nosso pensamento apenas cirscunscrito a um raio de distância da nossa televisão, do nosso bairro e do nosso ego.
O que nós somos ou vamos ser
não importa. Pensar em nós é pensar em círculo. Nunca chegamos a lado nenhum. Pensar (e não apenas olhar) no mundo e nos outros é encontrar saídas... E nestes tropeções e caminhos atribulados, a mundança chega naturalmente. Primeiro como uma defesa, para mais tarde ser encarada com outra firmeza. Embora por vezes pouco reflectida, mas muito sentida, é ela com a sua energia, que nos REVOLUCIONA e nos impele a procurar o diferente... sempre seguindo em frente!
Lemon tree ;)
Há vezes em que vivemos sem pensar, seguimos a vida como se de uma tarefa se tratasse, é aí que quando nos fragilizamos por qualquer razão, perdemos a noção do que estávamos a fazer. Na verdade nem sequer estávamos a fazer nada, pois não caminhavámos a pensar nos passos que dávamos. Chegado a este ponto, resta-nos apenas fazer uma coisa, Olhar para trás e ver o que aprendemos, talvez num nível mais consciente consigamos encontrar o que, de facto, fizemos aqui e o que queremos fazer. POr isso eu digo depois de tudo, vê a vida como um objectivo não a vejas como um dado adquirido.
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